Direito de Família na Mídia
Países onde a poligamia (legal ou não) é comum
11/11/2007 Fonte: Espaço VitalArábia Saudita
Berço do profeta Maomé e coração do mundo islâmico, a Arábia Saudita toma textualmente a palavra do Alcorão. “Casai com quantas mulheres quiserdes, 2, 3 ou 4; mas, se temeis não poder tratá-las com eqüidade, então tende uma só”, diz o livro sagrado. Os números do texto são interpretados somente como exemplo – não há limite para a quantidade de esposas, desde que o cartão de crédito do marido também não tenha limite.
Tanzânia
Nesse país da África Oriental, onde a maioria da população vive em zonas rurais, é obrigatório que os casamentos sejam registrados e, no momento do registro, sejam declarados monogâmicos ou poligâmicos. Para união mudar de status, deve haver consentimento do marido e da mulher.
Estados Unidos
A lei no país proíbe a poligamia em todo seu território. Mas ter várias mulheres foi, até meados do século passado, uma questão de fé para alguns americanos: os mórmons, seguidores da Igreja de Jesus Cristo dos Santos do Últimos Dias.
Na religião mórmon, o casamento com várias esposas foi permitido e recomendado – havia até a promessa de que o polígamo seria um rei no céu. Ante a pressão da sociedade americana, a poligamia sucumbiu e hoje a comunidade mormon pune, no seu seio, o homem (ou a mulher) que não for fiel à (ao) parceiro (a).
Mas na cidade de Hildale, no Estado de Utah, existe uma comunidade polígama. Ali, para driblar a lei, os homens se casam legalmente com a primeira esposa. As outras – que as vezes são mais de duas – recebem o “sim” apenas em cerimônias religiosas de uma seita chamada Igreja Fundamentalista.
Iêmen
A poligamia é autorizada em termos parecidos com os sauditas. É permitida desde que o homem possa tratar bem de todas as suas mulheres, o que restringe a prática aos homens ricos. Além disso, há algumas regras a ser observadas, na família iemenita.
Uma delas diz que a primeira esposa tem sempre a última palavra. É ela quem autoriza (ou não) o marido a procurar outras mulheres para viver com eles sob o mesmo teto.
Sudão
Esse país autoriza e até incentiva a poligamia. Em 2001, o então presidente Omar Hassan al-Bashir pediu aos sudaneses para aumentarem a população com casamentos múltiplos. Segundo a lógica de al-Bashir, a nação, a maior da África e a mais rica em recursos naturais, precisa de reforços para se desenvolver. No Sudão, o divórcio é opção apenas para os homens.
Nepal
Apesar de proibida, a poligamia ainda existe em pequenas comunidades tribais, onde é comum uma mulher casar com um homem e levar de brinde um irmão dele. A “justificativa” é econômica: como há poucas terras, os irmãos preferem dividir a mesma mulher a ter de repartir os escassos bens de família. Nos grupos xerpas, por exemplo, que vivem no nordeste do país, dois homens podem ter a mesma esposa. Se a família é composta de três irmãos, o costume manda que o do meio se torne monge. Se são quatro os filhos homens, eles podem se dividir – e cada dupla casar com uma mulher.