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Apadrinhamento muda preferências e promove adoção tardia
Solteiro, 44 anos e domiciliado no Rio de Janeiro, Carlos Renato alimentava o sonho de adotar. Idealizava o seguinte perfil: uma criança de até sete anos de idade. Um fato, entretanto, mudou suas preferências. Por meio do apadrinhamento, o futuro papai conheceu o garoto Christofer, de 11 anos. A princípio, os encontros entre ambos aconteciam de 15 em 15 dias. Tempos depois, Carlos Renato obteve a habilitação para adoção e, a partir daí, passou a buscar Christofer no abrigo em todos os finais de semana. Não demorou para que fosse obtida a guarda provisória do menino, o que o possibilitou deixar a instituição que o abrigava, mudar-se para a residência do pai e passar as festas de fim de ano ao lado da nova família.
“Iniciei meu processo no final de 2010, em busca de uma adoção tardia. Frequentei grupos de adoção e, em 2011, conheci o Projeto Apadrinhar. Por meio dele, fui apresentado ao Christofer. Em maio daquele mesmo ano, dei início ao processo de apadrinhamento com o garoto. Buscava-o no abrigo a cada 15 dias, acompanhando também seu desenvolvimento escolar. Comecei tratamento psicológico com um terapeuta, e assim fomos desenvolvendo uma gradativa aproximação. Ele conheceu toda a minha família, tendo sido muito bem recebido. A adaptação foi bem tranquila”, relembra Carlos Renato.
Em setembro de 2012, a história ganhou novos contornos: “Tornei-me habilitado a adotar, e resolvi transformar o apadrinhamento em adoção. Desde então, passei a buscá-lo todo final de semana. Já em novembro [de 2012] obtive a guarda provisória dele e, daí em diante, já o tinha morando comigo. Passamos as festas de fim de ano juntos, como pai e filho”, conta. Menos de um ano depois [em agosto de 2013], Carlos Renato obteve a guarda definitiva de Christofer. “Passamos a formar uma família. Não uma família tradicional, já que sou solteiro e moro somente com meu filho”, acrescenta.
O engenheiro civil lembra que, quando conheceu o menino, ele já havia sido destituído do poder familiar, o que, de acordo com ele, ajudou bastante na celeridade do processo. “Enfatizo também que o apadrinhamento foi uma etapa de suma importância durante a caminhada rumo ao processo de adoção do Christofer. Agradeço à doutora Silvana do Monte Moreira (presidente da Comissão de Adoção do IBDFAM) e ao Grupo de Apoio Ana Gonzaga, que me propiciaram todos os parâmetros para que conseguíssemos essa vitória”.
Christofer, hoje com 16 anos, é esperto, inteligente, participa do coral de seu colégio e pratica esportes, como vôlei e natação. O pai, aos 48 anos, não se cansa de expressar o orgulho que sente do filho amado.
Christofer e seu pai, Carlos Renato
Foto: Divulgação
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