O Instituto Brasileiro de Direito de Família – IBDFAM também está no Spotify. Na plataforma, é possível encontrar informações atualizadas sobre Direito das Famílias e das Sucessões, bem como análises sobre a intersecção entre Direito e Arte. Em janeiro, uma homenagem a Elza Soares (1930-2022) e o retorno do podcast Boletim IBDFAM estão entre os destaques.

Voz importante na cultura brasileira e na luta das mulheres negras no país, Elza Soares morreu na última quinta-feira, 20 de janeiro, aos 91 anos. Ao longo da carreira, ela cantou sobre as injustiças sociais (como em “Malandro”), o racismo (em “A Carne”), a violência contra as mulheres (em “Maria da Vila Matilde”) e sobre sua trajetória de superação e sucesso (em “Volta por Cima” e “Mulher do Fim do Mundo”).

Para Luciana Brasileiro, vice-presidente da Comissão de Direito e Arte do IBDFAM, Elza Soares teve uma trajetória comum à mulher negra brasileira. “Deixa-nos órfãos de uma voz política. A mulher que casou na infância, perdeu quatro filhos, passou fome, enfrentou o preconceito racial, estético, etário e morreu cantando. Elza, por aqui sua voz ecoa, você segurou o país no braço e nos leva em seu coração”, homenageou a advogada, na semana passada.

Presidente da mesma Comissão do IBDFAM, Fernanda Barreto lembra que Elza Soares se tornou "a voz do milênio", como eleita pela BBC de Londres, sem ter deixado de ser a menina de Vila Vintém, da Zona Oeste do Rio de Janeiro. "A sua figura de mulher negra que enfrentou todas as vicissitudes de existir, de ter uma carreira, de ser mãe e de viver com liberdade seu desejo num país estruturalmente machista e racista, sem abaixar a cabeça e sem perder o entusiasmo pela vida e pelas possibilidades de transformação, certamente seguirá influenciando muitas gerações”, disse a advogada, em entrevista.

Para homenagear o legado de Elza Soares, o IBDFAM criou uma playlist com 15 músicas essenciais da trajetória da cantora. São canções que refletem sobre questões sociais como racismo, violência contra a mulher e vulnerabilidade social. Ouça agora:

Foto: Divulgação/Carolynne Matos - Arte: IBDFAM/Bruno Caligiorne

O Boletim IBDFAM iniciou suas atividades em 2022 na última semana. O episódio mais recente do informativo semanal traz entre os destaques um levantamento sobre a escassez de varas especializadas em Direito das Famílias e das Sucessões pelo Brasil, 16 anos após recomendação em sentido contrário feita pelo Conselho Nacional de Justiça – CNJ.

O programa divulgado na última sexta-feira (21) também traz o reconhecimento da dupla maternidade em um caso de fertilização caseira que chegou à Justiça de Goiás; uma decisão no Canadá, que afastou o filho da convivência com o pai que não se vacinou contra a Covid-19; e também o avanço da discussão sobre herança digital. Ouça agora:

Leia mais:
Novos cenários impostos pela pandemia da Covid-19 são analisados na edição 59 da Revista Informativa do IBDFAM